Festival Museu Nacional Vive

Giovana Kebian
2 min readDec 12, 2018

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Por Giovana Kebian

Foto: Giovana Kebian

Nesse último fim de semana, 22 e 23 de setembro, foi realizado na Quinta da Boa Vista o Festival Museu Nacional Vive, que compôs parte do circuito da Primavera dos Museus, temporada cultural organizada pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), este ano em sua décima segunda edição.

Distribuídos em tendas que cercavam o Museu Nacional da UFRJ, professores, técnicos e estudantes ofereceram ao público uma série de atividades, como a exposição de parte do acervo não perdida no incêndio, oficinas interativas, aulas sobre distintas espécies e até a oportunidade de confeccionar uma camiseta com os dizeres “Museu Nacional Vive” ou “Museu em Luta”. Entretanto, o evento teve como intuito principal mostrar à população que, mesmo com a tragédia do dia 2 de setembro, quando o palácio principal foi destruído por um incêndio, o museu não deixou de existir.

O incêndio queimou diversas obras, materiais de estudo e prejudicou a estrutura do prédio. Mas o museu não acabou. Não apenas pelas peças salvas e pelo esforço de centenas de profissionais que estão se empenhando no resgate do acervo e na restauração do prédio, mas também pela pesquisa, ensino e extensão da universidade que continuarão funcionando.

“Não se pode reconstruir materialmente um museu, pois nunca será o mesmo. Nada mais adequado do que dar voz àqueles que trabalham, pesquisam e estudam no museu”, como comenta Fernanda Pires, museóloga da UFRJ.

Fernanda ressalta ainda que a tragédia ocorrida com nosso patrimônio evidencia a importância de eventos como esse que colocam o público diretamente em contato com sua memória, história e cultura. “Trata-se de transformar o luto em luta: por uma maior valorização da ciência e cultura nacional”, finaliza.

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“Sé gritar hasta el alba cuando la muerte se posa desnuda en mi sombra.” | Jornalismo — UFRJ

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