Quinta-feira.
Hoje é quinta-feira, que é quase sexta, que por sua vez, é quase fim de semana. Mas ainda é quinta-feira.
Antigamente, quinta era sinônimo da pré da pré do fim de semana. De postar foto bonita com réchitégui têbêtê, mesmo que tivesse jurado à mim mesma, nunca entrar na modinha do têbêtê. Quinta era dia da cerveja pós aula. Do rolê com os amigos. Porque “já é quinta, que é quase sexta, que por sua vez, é quase fim de semana.”
Eu via um grande potencial na quinta-feira. É o dia que já tá lá quase no fim, então é mais permissivo. Tudo bem chegar atrasado na quinta, mas não em uma terça ou uma segunda, imagine. Quinta é dia de comer pizza ou qualquer coisa gostosa porque “já é quinta, que é quase sexta, que por sua vez, é quase fim de semana.”
Hoje, quinta-feira é só mais uma quinta. Mais um dia, menos um dia. Meio com cara de quarta, meio terça. Particularmente, para mim, essa quinta tá mais para uma segunda. Chuvosa e cinzenta, tenho certeza que a quinta-feira foi paulista em outra vida.
E hoje, que já é quinta, que é quase sexta e, por sua vez, já é quase fim de semana, mas que dessa vez, entretanto é apenas uma quinta, eu me pergunto :quantas quintas-feiras ainda nos restam? Quantas quintas meio paulistanas vou ter que suportar? E o que será da quinta pós pandemia?
Sei lá. #tbt de antes dessa porra toda.